terça-feira, 18 de junho de 2013

O PRANTU DU CÉU



                                                                           
A seca tava das braba
Pricisava   aguá as frô
A terra água improrava
Pro nosso Pai Criadô.
Os riberão viraro córgo
As represa, uns riuzin
Dava dó oiá as pranta
Os pasto  tava  sequin.
As coitadinha das vaca,
Dos boi e dos bizerrin
Passava as língua no chão
Sem rapá ninhum matin
O sór isturricava a terra
A quentura machucava
Inté memo os passarin
Sombra eis prucurava...
De noite a lua no céu
Chuva longi anunciava
Rodiada do crarão perto
Chuva ainda demorava.
O povo lavava o santo
Pra água do céu iscorrê
Punha ele imbaxo da bica
Pamodi ele intendê.
As prece e as recramação
Por muitos mêis sem chovê
Dexô o santo nervoso
Que disordi foi fazê.
Iscureceu ele o dia
O sór em lua virô
Os truvão gritava tantu
Que de medo as nuve chorô!
O prantu foi tão violento
Os crarão alumiava
Nunciava coisa feia
Tempestade disabava.
Um raio deceu lambeno
A arve mais arta que tinha
Dibaxo dela iscondeno
Um lote de vaca minha.
O istrondo foi tão arto
Que quaji nóis insurdô
O tiro foi tão certero
Que quinze vaca matô.
Lá fora caía a chuva
Dos meus zóio água iscurria
Pur num tê cumu sarvá
Os bichu que eu bem quiria.
Deus me deu a  competença
Preu tentá aliviá
A dor que os bicho senti
Se eis duenti ficá.
Mais ninguém é capaiz não
De podê aminizá
A fúria que evem do céu
E a hora dela chegá!!!

Um comentário:

  1. Bom dia, é o mesmo dia!

    Confirma-se que é teu blogue, que terás abandonado, como a chuva abandonou a fazenda e os riu secaram, os animas morreram e as frores murchavam e secavam!

    O povo lavava o santo e eis qui us crarão alumiava e a chuva, como dilúvio e Mais ninguém é capaiz não de podê aminizá A fúria que evem do céu E a hora dela chegá!

    Minha curiosidade também não! Voltarei! Boa 4ª feira e tudo mais!

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